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Umbigo de Eros

Umbigo de Eros não diz respeito apenas a uma pesquisa artística, um blog, uma companhia de teatro e um ateliê de artes (é, a coisa cresceu!) mas é sobretudo uma proposta criativa de vida que exuma um Ethos, um anseio espiritual, “uma imagem do humano capaz de se tornar uma obrigação e um dever”. Mergulhar no umbigo/centro pra acordar Eros, aquela força em nós que permite as conexões, com o mundo, com os outros, com a gente mesmo... Tudo está profundamente conectado dentro e fora e estamos costurando tudo isso há um tempão, muitos sem nem perceber. E acredite, o que antes era retalho, um belo dia se faz colcha, e mais adiante ainda, ganha o poder de aquecer e nutrir. Colcha nossa onde dançam as experiências em dimensões: vida, arte, jogo, ritual, mito, alquimia... E onde não cabe a ideia opressora de um Deus único que não reflete as muitas faces da alma. Bom demais saber que há milhares de imagens para traduzi-la, mutante, volátil e que muitos deuses e deusas nos habitam. Bom demais viver a dimensão do jogo: com a existência, com nosso mundo interior, com os outros. Importa é jogar, muito além da redução tola do ganhar ou perder.

E penso nas tantas possibilidades que se abrem quando estamos no papel de facilitadoras de um trabalho, e em como, no fim das contas, sempre aprendemos muito mais do que imaginamos. A primeira mágica que se abre é a de perceber que aquilo que traz Sentido pra nós também traz Sentido pra outras pessoas, o que nos tira de uma solidão cômoda e desnecessária. Depois, ver a coisa acontecendo, o Outro se ampliando, se descobrindo ali, na nossa frente... É presenciar o milagre da vida, sua renovação, seu crescimento... “Vim aqui fazer uma oficina de teatro, e de repente, encontro um lugar em mim...” Impossível ouvir isso e não pensar nesse mesmo lugar em mim, e dimensionar se estou ou não nele... Ministrar oficinas criativas dá nisso!


O mesmo se dá no teatro, o público, rindo, chorando, sentindo junto, mergulhando nas antropologias nossas... Como não pensar nas origens do teatro, que nasce dos gestos e movimentos corporais dos ritos dionisíacos? Ritual como drama ou psicodrama, em toda a extensão da palavra, onde os participantes tentam entrar em contato com os seres divinos, que habitam seu interior. Inenarrável a fecundidade artística do entusiasmo (estar com Deus) de um ritual...O ritual é um ato simbólico que celebra, reverencia ou comemora um evento ou processo de vida do indivíduo ou da comunidade, fortalecendo a harmonia com os ritmos da (sua) natureza. E claro, baixa a bola do ego, já que pressupõe a reverência a algo maior, mesmo que esse algo também nos habite. Diante de tudo isso, não temos outra opção se não ritualizar!


Bora lá mergulhar em nosso “umbigo de Eros” e encontrar o mito da vez, e que ele possa se expressar, se alquimizar na matéria-corpo, de preferência, em movimento, dançando e cantando, juntos e num ateliê e que Dioníso esteja entre nós, e também Iansã, Shakti, Rudá, Yemanjá, Perséfone, Hades, a Prostituta Sagrada, a Velha Sábia, quem sabe os ETs, um gorila, uma pipa dentro de um túnel, a árvore da vida, o Rio São Francisco, a carta do Mundo do tarô e tudo quanto for imagem viva, que reflita o que se passa nas almas nossas! Cantemos, pois quem canta os males espanta. Dancemos, pois quem dança eleva a alma.


Vem conhecer, vem cuidar de você! Escolhe um ateliê e vem pra cá ritualizar. Aulas abertas gratuitas todo início de semestre.


Namastê

Anasha

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